Procedimento terapêutico que utiliza células processadas e modificadas em laboratório tem o objetivo de tratar doenças ou reparar tecidos danificados
Diversas condições de saúde podem ser tratadas com a utilização de recursos do próprio corpo humano. A terapia celular possibilita a manipulação de células para combater doenças hereditárias ou adquiridas, oferecendo uma abordagem inovadora, que proporciona alternativas ao tratamento convencional e permite a personalização de acordo com as necessidades de cada paciente.
Entre os objetivos da terapia celular, está reduzir a dependência de medicamentos e potencializar as terapias convencionais, contribuindo para uma recuperação mais rápida, promovendo a cura — ou, pelo menos, a regressão parcial — da condição e melhorando a qualidade de vida do paciente. Saiba como essa terapia funciona e em quais situações é indicada.
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O que é a terapia celular?
A terapia celular é um tratamento que utiliza células cultivadas ou modificadas em laboratório para tratar doenças ou reparar tecidos danificados, regenerando funções comprometidas e minimizando o impacto dos problemas de saúde no organismo. O procedimento pode ser feito com células autólogas, quando são retiradas do próprio paciente, ou alogênicas, quando elas vêm de um doador.
A terapia celular oferece a possibilidade de tratar uma ampla variedade de condições, incluindo cânceres, doenças autoimunes, lesões e doenças degenerativas, proporcionando maiores perspectivas de sucesso para condições que poderiam ser consideradas incuráveis ou difíceis de tratar com abordagens convencionais.
Quais os tipos de terapia celular?
Existem vários tipos de terapia celular, incluindo transplante de células-tronco hematopoéticas, transplante de células-tronco mesenquimais e terapia com células imunológicas, cada uma com métodos e finalidades específicas.
O transplante de células-tronco é uma das abordagens terapêuticas mais conhecidas. Células-tronco do próprio paciente ou de um doador são utilizadas para regenerar células sanguíneas e do sistema imunológico em tratamentos de leucemias e linfomas, por meio de células-tronco hematopoéticas, e para tratar tecidos danificados, como ossos, cartilagens e gordura, nos casos de células-tronco mesenquimatosas.
Já a terapia com células imunológicas representa um avanço no tratamento de alguns tipos de câncer, pois o tratamento modifica células do sistema imunológico para atacar e destruir células tumorais. Na Terapia CAR-T, as células T são extraídas do paciente e modificadas geneticamente para que possam identificar e se conectar a antígenos específicos encontrados na superfície das células cancerosas.
A terapia com células NK é mais uma terapia celular destinada a atacar e destruir células cancerosas. As células “Natural Killer” (NK), que fazem parte do sistema imunológico, têm a habilidade de identificar e eliminar células anormais ou infectadas. O procedimento terapêutico visa aumentar a quantidade e aprimorar o desempenho dessas células, que podem estar reduzidas ou prejudicadas devido ao câncer.
Qual a diferença entre terapia celular e gênica?
Embora sejam frequentemente confundidas, a terapia celular e a terapia gênica são tratamentos distintos, cada uma direcionada a condições diferentes. Como vimos, a terapia celular envolve a substituição ou modificação de células no corpo para tratar doenças ou reparar tecidos danificados.
Por outro lado, a terapia gênica visa modificar o material genético das células do paciente para tratar ou curar doenças genéticas. O procedimento é feito por meio de substituição, inativação ou introdução de genes normais nas células do paciente, compensando a ausência ou defeito de genes específicos causados por distúrbios genéticos.
Como é feita a terapia celular?
A terapia celular é realizada de formas diferentes, dependendo do tipo do procedimento terapêutico e da condição a ser tratada. Geralmente, o tratamento se inicia com a coleta de células, que podem ser do próprio paciente ou de um doador. Elas são processadas e podem ser modificadas para adquirir propriedades específicas, como a habilidade de reconhecer e atacar células cancerosas.
Depois da alteração em laboratório, as células são inseridas no paciente por meio de métodos diferentes, dependendo do tipo de terapia celular. A infusão intravenosa é um método comum, que consiste na introdução das células na corrente sanguínea, permitindo que elas se distribuam para as áreas necessárias.
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Quando o tratamento é indicado?
Geralmente, a terapia celular é recomendada para pacientes que não respondem da forma esperada aos tratamentos convencionais ou não são elegíveis para outros procedimentos terapêuticos. Esse método atende pessoas com doenças do sangue, autoimunes e degenerativas, como:
- Leucemia;
- Linfomas;
- Mieloma múltiplo;
- Artrite reumatoide;
- Lúpus;
- Osteoartrite.
Quais são as vantagens da terapia celular?
Uma das principais vantagens da terapia celular é que esta oferece uma alternativa para doenças que não respondem adequadamente aos tratamentos convencionais. Em muitos casos, essa abordagem pode ser a única opção para pacientes com condições graves ou raras.
Além disso, a terapia celular tende a atacar a doença de maneira mais direcionada e específica. Na Terapia CAR-T, por exemplo, os linfócitos T são modificados para reconhecer e atacar exclusivamente as células cancerosas, diferente da quimioterapia, em que não existe um alvo específico e células saudáveis também são danificadas, aumentando os efeitos adversos no organismo.
Por causa dessa capacidade de direcionar as células especificamente para combater a doença, outra vantagem da terapia celular é a redução na necessidade de medicamentos imunossupressores ou quimioterápicos, contribuindo para a diminuição dos efeitos colaterais.
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Fontes: