O procedimento consiste na separação e remoção de parte das plaquetas, como parte do tratamento de algumas doenças ou para serem doadas
O procedimento de aférese terapêutica consiste na separação dos componentes do sangue utilizando uma máquina de aférese. Desse modo, é possível remover elementos específicos — glóbulos brancos, glóbulos vermelhos, plasma ou plaquetas — para tratar determinadas doenças.
A plaquetaférese é um tipo de aférese terapêutica que consiste na separação e remoção de plaquetas do sangue. Pode ser realizada com o objetivo de tratar algumas condições causadas pelo excesso das plaquetas na corrente sanguínea ou de doá-las para serem utilizadas em transfusões.
As plaquetas são um dos tipos de células que compõem o sangue. Na verdade, elas não são células completas, e sim fragmentos de células sem núcleo celular. As plaquetas são peças fundamentais no complexo processo de coagulação do sangue, atuando também na cicatrização de feridas e no reparo de vasos sanguíneos.
Neste artigo, falaremos da plaquetaférese realizada para o tratamento de algumas doenças, mas o mesmo procedimento pode ser utilizado para a coleta de plaquetas para doação.
Quando o procedimento é indicado?
A plaquetaférese pode ser indicada em algumas situações nas quais a contagem de plaquetas encontra-se extremamente elevada (mais de 1 milhão por microlitro de sangue) e causando sintomas significativos. O excesso de plaquetas pode causar uma formação exagerada de coágulos sanguíneos pelo corpo, levando a tromboses microvasculares, hematomas, sangramentos pela boca, pelo nariz e pelas fezes, fraqueza, tontura e outros sintomas.
Diversas doenças podem levar ao excesso de formação de plaquetas no sangue, porém a plaquetaférese só é indicada em situações muito específicas.
Na enorme maioria dos casos, não há indicação de plasmaférese para tratar aumento de plaquetas decorrentes de anemias por deficiência de ferro, doenças infecciosas, doenças inflamatórias e traumas cirúrgicos.
A maioria dos casos de aumento de plaquetas possui outros tipos de tratamento.
Preparação para a plaquetaférese
A preparação para a plaquetaférese envolve uma série de exames para avaliar se o paciente está apto a realizar o procedimento, analisando desde a contagem de plaquetas até a tendência do paciente a sofrer com possíveis efeitos colaterais.
Como funciona a plaquetaférese?
Na plaquetaférese, o sangue sai do organismo através de uma punção em uma veia calibrosa do braço ou de um cateter posicionado em uma veia profunda. O sangue extraído circula por uma máquina, chamada máquina de aférese, que separa os elementos do sangue e permite a retirada de um elemento específico (neste caso, as plaquetas). O restante do sangue volta para o paciente através de uma veia em outro braço ou do cateter. Esse processo se repete continuamente por algumas horas.
A frequência da plaquetaférese é determinada de acordo com o tratamento a ser realizado e com as necessidades individuais do paciente.
Riscos e contraindicações da plaquetaférese
A plaquetaférese, quando bem indicada, é considerada um procedimento bastante seguro, sendo raras as complicações graves.
Os efeitos colaterais mais comuns estão ligados à colocação do cateter venoso central, sendo eles:
- Sangramento;
- Dor local;
- Trombose;
- Infecções.
Destacam-se também os efeitos colaterais relacionados ao uso de anticoagulantes, como:
- Formigamento;
- Tontura;
- Mal-estar.
Os especialistas da SPES têm qualificação e ampla experiência em terapias celulares e tratamentos hematológicos, como a plaquetaférese. Para saber mais sobre esse e outros procedimentos, entre em contato e agende uma consulta.
Fontes:
Clinical Center — America’s Research Hospital