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Hematologia
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
6 min. de leitura

Especialidade médica que diagnostica e trata doenças que afetam o sangue

Hematologia é o nome da especialidade médica que estuda, investiga, diagnostica e trata doenças do sangue, da medula óssea, do baço e dos linfonodos, além dos distúrbios da coagulação.

As doenças tratadas pela hematologia fazem com que a área possa ser subdividida em dois grandes grupos: a hematologia benigna, que trata das patologias do sangue de modo geral, e a hematologia oncológica, que trata de cânceres que se originam de células do sangue, da medula óssea ou do sistema linfático.

No Brasil, a especialidade médica é designada de hematologia e hemoterapia, pois, além de tratar as doenças do sangue, o hematologista também atua na área de transfusão de hemocomponentes e hemoderivados.

Para que um médico se torne hematologista, ele precisa ter estudado no mínimo dez anos. São seis anos de Medicina, dois anos de residência em Clínica Médica e mais dois anos de residência em Hematologia.

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Principais doenças hematológicas

Chamamos de doenças hematológicas qualquer patologia que se origine ou afete diretamente o sangue ou os órgãos hematopoiéticos (órgãos que produzem células do sangue). Essas doenças são diretamente estudadas pela hematologia, sendo o médico especialista nessa área o mais adequado para prescrever e acompanhar seus tratamentos.

Hematologia benigna

As doenças benignas estudadas pela hematologia podem ser divididas didaticamente em algumas áreas:

Anemia e outras doenças das hemácias

As hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos, são células sem núcleo que possuem como principal função o transporte de oxigênio.

A principal doença relacionada às hemácias é a anemia, que consiste na diminuição da quantidade de hemácias na corrente sanguínea. A anemia pode ser decorrente tanto da redução da produção quanto do aumento da destruição das hemácias.

Outra condição que envolve as hemácias é a eritrocitose. Nessa condição, o número de hemácias está aumentado. Isso pode ocorrer por conta de doenças que aumentam diretamente a produção de hemácias na medula óssea (exemplo: policitemia vera), quanto ser secundária a doenças como DPOC, tabagismo, tumores renais, uso de esteroides, dentre outros.

Doenças dos glóbulos brancos

As doenças dos glóbulos brancos podem atingir diversos tipos de defesa — tais como basófilos, eosinófilos, linfócitos, monócitos e neutrófilos —, sendo também parte das doenças tratadas pela hematologia.

A leucopenia (diminuição considerável de leucócitos) e a leucocitose (aumento excessivo de leucócitos) são exemplos de doenças dos glóbulos brancos muito comuns. Enquanto a leucopenia pode aumentar a susceptibilidade da pessoa a infecções, a leucocitose pode ocorrer como resposta a elas.

Doenças das plaquetas

Na hematologia, chamamos de doenças das plaquetas quaisquer distúrbios que afetem de forma direta a produção e a quantidade desse tipo de célula no sangue. As plaquetas são essenciais para o processo de coagulação sanguínea, e são formadas a partir de fragmentos de células produzidas na medula óssea.

As doenças mais comuns envolvem alteração na quantidade de plaquetas. Quando o número de plaquetas está reduzido, dizemos que existe plaquetopenia, a qual pode decorrer de uma redução na produção ou de um aumento da destruição de plaquetas.

Já trombocitose é o termo utilizado para designar o aumento no número de plaquetas, que pode ser decorrente de doenças primárias da medula óssea (exemplo: trombocitemia essencial) ou secundária a diversos processos inflamatórios ou infecciosos.

Além das alterações quantitativas, os pacientes podem apresentar alterações na função das plaquetas, o que os tornam mais suscetíveis a sangramentos. Como exemplo desse grupo de doenças, podemos citar a doença de Glanzmann, a síndrome de Wiskott-Aldrich e a síndrome de Bernard-Soulier.

Hemofilia e outras doenças da coagulação

As doenças da coagulação podem resultar em uma propensão maior a sangramentos (distúrbios hemorrágicos) ou à trombose.

Os distúrbios hemorrágicos podem ser resultado de alterações plaquetárias (já citadas no item anterior) ou decorrerem de condições que afetam os fatores de coagulação.

Os fatores de coagulação são um conjunto de fatores que participam de um complexo sistema destinado à formação de coágulos com o fim de evitar sangramentos excessivos. Uma das doenças da coagulação mais conhecidas é a hemofilia, decorrente da deficiência dos fatores VIII ou IX, que resulta em uma propensão aumentada a sangramentos graves.

Doenças malignas

As principais doenças malignas estudadas pela hematologia são a leucemia e os linfomas.

As leucemias são tumores originados de células de defesa presentes na medula óssea.

Já os linfomas são cânceres originados de linfócitos, também um tipo de célula de defesa. Os linfomas costumam se originar nos linfonodos, mas podem afetar diversos outros órgãos, tais como a medula óssea, o baço, a pele, o sistema nervoso central, dentre outros.

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Quais os principais exames feitos na hematologia?

Para diagnosticar corretamente uma doença que tem relação com a hematologia, diversos exames podem ser solicitados. Os exames de laboratório são muito comuns nessa especialidade, sendo capazes de analisar as células e outros elementos contidos em amostras de sangue, de medula óssea e de outros tecidos.

Nesse sentido, podem ser realizados exames como o hemograma, que analisa os glóbulos vermelhos e brancos e as plaquetas presentes no sangue. O hemograma pode ser solicitado para investigar diversas doenças, tanto hematológicas quanto de outras origens.

Outros exames comumente solicitados pelos profissionais especialistas em hematologia são os exames da coagulação, que avaliam fatores importantes para o processo de coagulação. Este é um dos principais exames diagnósticos de distúrbios como a hemofilia.

O mielograma, a imunofenotipagem e a biópsia de medula óssea são muito importantes na hematologia, pois permitem a elucidação de quadros que afetam a medula óssea, tais como as leucemias.

Já os exames de imagem (exemplos: tomografias, ressonância e PET) são essenciais para o diagnóstico e o manejo dos linfomas e outras patologias.

Como diagnosticar as doenças que causam alterações sanguíneas?

A hematologia lida com alterações no sangue que podem ser decorrentes de um número enorme de doenças, sendo que muitas não são primariamente hematológicas. As doenças reumatológicas, por exemplo, comumente cursam com a anemia.

Dessa forma, o hematologista necessita de um amplo conhecimento técnico para investigar e tratar adequadamente seus pacientes.

Opções de tratamento

Os tratamentos utilizados na hematologia são tão diversos quanto as doenças com que essa especialidade lida. O tratamento de algumas condições, por exemplo, requer terapias tão simples quanto à reposição de ferro ou vitamina B12.

Já doenças malignas como a leucemia e os linfomas requerem um arsenal terapêutico avançado, que podem envolver quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, transplante de medula óssea e terapias celulares avançadas, como o CAR-T cell.

Para saber mais sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta!

Fontes:

Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia

Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular