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Síndrome de Guillain-Barré
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

Embora rara, esta doença autoimune é potencialmente grave e demanda cuidados o mais rápido possível

Constituído por fibras, gânglios nervosos e órgãos terminais, o sistema nervoso periférico é a porção do sistema nervoso que está fora do sistema nervoso central, ou seja: fora do cérebro e da medula espinhal. Sua função é conectar o sistema nervoso central com outras partes do corpo, captando os estímulos nervosos e encaminhando-os para o cérebro e enviando estímulos do cérebro para a periferia.

Quando o sistema nervoso periférico é afetado, a tendência é que a qualidade de vida do paciente seja drasticamente comprometida. Uma das doenças que podem acometer o sistema nervoso periférico é a síndrome de Guillain-Barré, uma condição rara, mas considerada grave e que demanda rápida identificação e tratamento. Saiba mais a seguir!

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O que é a síndrome de Guillain-Barré?

A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune em que o sistema imunológico do indivíduo produz anticorpos que afetam os nervos do corpo, causando inflamações e sintomas neurológicos. Em casos mais graves, o distúrbio pode colocar a vida do paciente em risco, exigindo identificação rápida e tratamento adequado.

A síndrome de Guillain-Barré é uma condição rara e monitorada pelo Ministério da Saúde por meio do registro de internações e atendimentos hospitalares. Estima-se que a incidência anual seja de 1 a 4 casos por 100 mil habitantes.

Quais são os tipos da síndrome de Guillain-Barré?

As variantes clínicas e subtipos da síndrome de Guillain-Barré são resultantes dos diferentes nervos que podem ser acometidos pela doença. Quando a inflamação acomete principalmente a mielina, o distúrbio é classificado como desmielinizante. Já quando acomete mais o axônio, a doença se manifesta em formas axonais.

A classificação entre subtipos serve principalmente para a comunicação da equipe médica responsável por acompanhar o caso. Os principais subtipos existentes para a síndrome de Guillain-Barré são:

  • Polineuropatia desmielinizante inflamatória aguda;
  • Neuropatia axonal motora aguda;
  • Neuropatia axonal sensorial motora aguda;
  • Síndrome de Miller-Fisher;
  • Neuropatia panautonômica aguda;
  • Síndrome de Guillain-Barré sensorial puro;
  • Outras variantes com padrões restritos de fraqueza, observadas apenas em casos raros.

O que causa a síndrome de Guillain-Barré?

A síndrome de Guillain-Barré geralmente está relacionada a uma resposta imunológica a uma infecção bacteriana ou viral, levando o organismo a produzir anticorpos capazes de afetar os nervos do corpo e prejudicar seu funcionamento.

Atualmente, as infecções consideradas de maior risco para o desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré são as causadas pelo Zika Vírus, vírus influenza A, Campylobacter (causador e diarreia), dengue e hepatite. Durante a pandemia de Covid-19, foram relatados casos do distúrbio após a infecção pelo coronavírus, mas essa relação foi considerada pouco frequente.

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Quais os sintomas da síndrome de Guillain-Barré?

Entre os principais sintomas da síndrome de Guillain-Barré, estão:

  • Dor lombar ou nas pernas;
  • Fraqueza progressiva nos músculos, manifestando-se primeiro nas extremidades até atingir as regiões mais centrais do corpo);
  • Dificuldade para movimentar pernas ou braços;
  • Paralisia facial;
  • Dificuldade para falar e engolir;
  • Falta de ar;
  • Sensação de queimação, formigamento ou de choque nas partes afetadas;
  • Batimentos cardíacos acelerados e pressão arterial desregulada;
  • Perda de controle de fezes e urina.

Em casos mais graves, a síndrome de Guillain-Barré afeta o funcionamento de nervos importantes (como os que controlam a respiração, a pressão arterial e os batimentos do coração), o que pode trazer sintomas mais severos e colocar a vida do paciente em risco.

Como é feito o diagnóstico da síndrome de Guillain-Barré?

O diagnóstico da síndrome de Guillain-Barré geralmente é feito por um neurologista, que avalia os sintomas apresentados pelo paciente e solicita a realização de exames específicos. As principais avaliações solicitadas são a punção lombar, ressonância magnética e eletroneuromiografia.

No caso da síndrome de Guillain-Barré, é muito importante que seja feito o diagnóstico diferencial com outras doenças autoimunes e demais neuropatias que podem causar sintomas parecidos. Este é um cuidado fundamental para garantir o tratamento mais adequado para a condição.

Como é o tratamento da síndrome de Guillain-Barré?

O tratamento da síndrome de Guillain-Barré visa principalmente controlar os sintomas da doença, acelerar a recuperação e prevenir complicações graves. Entre as principais abordagens utilizadas, estão:

  • Imunoglobulina intravenosa para neutralizar os anticorpos autoimunes que estão atacando os nervos periféricos;
  • Plasmaférese;
  • Cuidados de suporte, como intubação e ventilação mecânica;
  • Reabilitação com fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, dependendo dos sintomas específicos do paciente;
  • Uso de medicamentos para alívio da dor.

O tratamento da síndrome de Guillain-Barré é frequentemente personalizado de acordo com os sintomas apresentados e sua gravidade, bem como a progressão da doença e as necessidades individuais de cada paciente.

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Prognóstico e recomendações

O prognóstico da síndrome de Guillain-Barré varia de paciente para paciente, dependendo de fatores como a gravidade dos sintomas, a rapidez do diagnóstico e a resposta individual ao tratamento. No entanto, a maioria dos pacientes se recupera completamente com o tempo, especialmente com cuidados médicos adequados.

Entre algumas das recomendações que envolvem o tratamento dessa doença, estão:

  • Ter acompanhamento médico regular para monitorar a recuperação e detectar possíveis complicações;
  • Passar por reabilitação, sempre com paciência para alcançar a recuperação gradual;
  • Em casos graves, especialmente quando a fraqueza muscular afeta a capacidade de respirar, os pacientes podem precisar de cuidados de suporte, como monitoramento da função respiratória e suporte ventilatório;
  • Manter um estilo de vida saudável pode ajudar na recuperação e promover a saúde geral após a doença.

É fundamental que os pacientes com síndrome de Guillain-Barré sigam as recomendações médicas, participem ativamente do seu plano de tratamento e comuniquem o profissional de saúde a respeito de qualquer preocupação ou sintoma novo. Com cuidados adequados e suporte, a maioria dos pacientes tem um bom prognóstico e pode alcançar uma recuperação completa.

Entre em contato com a SPES para saber mais sobre os tratamentos da síndrome de Guillain-Barré com plasmaférese.

Fontes:

Manual MSD;

Rede D’Or São Luiz;

Ministério da Saúde.