Tipo raro de câncer do sangue, se caracteriza pela proliferação anormal de células plasmáticas na medula óssea
Os cânceres da medula óssea e do sistema linfático afetam células do sangue, linfócitos e células plasmáticas, causando uma produção descontrolada e prejudicial dessas células. Esse tipo de tumor maligno pode ter diferentes tipos, sendo um deles a macroglobulinemia de Waldenström.
O tratamento geralmente envolve terapias como quimioterapia, radioterapia, terapia direcionada e, em alguns casos, transplante de células-tronco. O prognóstico e as opções de tratamento variam dependendo do tipo específico de câncer, estágio da doença e saúde geral do paciente. O acompanhamento médico especializado é essencial para um gerenciamento eficaz da doença.
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O que é macroglobulinemia de Waldenström?
A macroglobulinemia de Waldenström é um tipo raro de câncer do sangue, caracterizado pela proliferação anormal de células plasmáticas na medula óssea. Essas células produzem uma grande quantidade de uma proteína chamada imunoglobulina M (IgM), que é uma grande molécula (daí o termo “macroglobulinemia”).
A IgM em excesso pode causar sintomas como viscosidade sanguínea aumentada, o que pode levar a complicações, como sangramento, visão turva e problemas neurológicos.
A macroglobulinemia de Waldenström é classificada como um tipo de linfoma não-Hodgkin de baixo grau. Embora tecnicamente seja considerada um linfoma, é única em relação a outros linfomas, pois envolve uma proliferação anormal de células plasmáticas na medula óssea em vez de células linfoides.
O que causa a macroglobulinemia de Waldenström?
A causa exata da macroglobulinemia de Waldenström ainda não é totalmente compreendida. No entanto, acredita-se que envolva uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Acredita-se que uma ou mais mutações genéticas nas células plasmáticas, especificamente aquelas que produzem a imunoglobulina M (IgM), desempenhem um papel importante na macroglobulinemia de Waldenström. Essas mutações levam ao crescimento descontrolado dessas células, resultando na produção excessiva de IgM monoclonal, uma proteína característica dessa condição.
Além disso, alguns fatores ambientais podem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento da macroglobulinemia de Waldenström. Exposição a produtos químicos industriais, pesticidas, radiação ionizante ou infecções virais podem aumentar o risco de desenvolver essa condição. No entanto, a ligação exata entre esses fatores e a macroglobulinemia de Waldenström ainda está sendo investigada.
Por fim, alterações no sistema imunológico também podem estar envolvidas no desenvolvimento da macroglobulinemia de Waldenström. O sistema imunológico desempenha um papel na regulação do crescimento e da sobrevivência das células plasmáticas, e disfunções nesse sistema podem contribuir para a proliferação anormal dessas células.
Quais os sintomas de macroglobulinemia de Waldenström?
Os sintomas da macroglobulinemia de Waldenström podem variar de uma pessoa para outra, dependendo também do estágio da doença. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Fraqueza e fadiga mesmo após períodos de descanso;
- Perda de peso sem motivo aparente;
- Febrícula e suores noturnos;
- Aumento dos gânglios linfáticos;
- Aumento do baço e fígado;
- Complicações relacionadas ao aumento da viscosidade sanguínea;
- Alterações neurológicas, tais como dormência, formigamento ou fraqueza nas extremidades;
- Sintomas relacionados à anemia.
É importante ressaltar que nem todos os pacientes com macroglobulinemia de Waldenström apresentarão todos esses sintomas, e alguns podem não apresentar sintomas inicialmente.
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Como é feito o diagnóstico da macroglobulinemia de Waldenström?
O diagnóstico da macroglobulinemia de Waldenström geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, exames de sangue, métodos de imagem e biópsia da medula óssea. Aqui estão os principais métodos utilizados:
- Exames de sangue;
- Imunoeletroforese ou imunofixação;
- Hemograma completo;
- Biópsia da medula óssea;
- Métodos de imagem como tomografia computadorizada ou ressonância magnética;
- Avaliação clínica completa, que inclui uma história médica detalhada e um exame físico para procurar sinais e sintomas associados à macroglobulinemia de Waldenström.
Como é o tratamento da macroglobulinemia de Waldenström?
O tratamento da macroglobulinemia de Waldenström deve ser sempre personalizado, podendo variar conforme vários fatores, tais como a gravidade da doença, os sintomas do paciente e sua saúde geral. Entre as principais opções de tratamento, estão:
- Observação: pacientes assintomáticos podem ser mantidos apenas em observação até que o médico julgue que o tratamento está indicado.
- Terapia medicamentosa: pode envolver quimioterapia ou medicamentos específicos, tais como os inibidores de BTK (Bruton’s tyrosine kinase), além de imunomoduladores.
- Plasmaférese: indicada principalmente para casos graves de hiperviscosidade sanguínea, este tratamento consiste na retirada do plasma do paciente para remover o excesso de proteínas circulantes.
- Transplante de células-tronco hematopoiéticas, um tratamento indicado principalmente para pacientes mais jovens e com boa saúde. O procedimento envolve a destruição das células doentes da medula óssea do paciente, seguida pela infusão de células-tronco saudáveis para substituí-las.
- Tratamento de suporte direcionado à doença para gerenciar sintomas como anemia, fadiga, infecções e problemas de coagulação.
Em todos os casos, é fundamental que o tratamento seja individualizado e coordenado por uma equipe médica especializada em hematologia, levando em consideração as características específicas de cada paciente.
Para saber mais a respeito dos tratamentos para macroglobulinemia de Waldenström, entre em contato e agende uma consulta com os profissionais da SPES.
Fontes: