Medicamentos e terapias são opções de controle dessa doença que não tem cura
Ainda que seja uma doença incurável, existem tratamentos para esclerose múltipla que visam o controle dos sintomas, o espaçamento entre as crises e a melhora da qualidade de vida do paciente. Muitas vezes, o que funciona em uma pessoa não produz os mesmos efeitos em outra, sendo comum testar as terapias e os medicamentos em busca de resultados mais satisfatórios.
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O que é a esclerose múltipla?
A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica e inflamatória que afeta o sistema nervoso central. Ainda que as causas não sejam completamente definidas, atribui-se ao ataque do sistema imunológico contra os próprios tecidos do corpo como o fator desencadeador dessa condição.
Dessa forma, o sistema imunológico danifica a bainha de mielina, uma camada que recobre os nervos, comprometendo o funcionamento do sistema nervoso. Essas lesões acontecem no cérebro, na medula e nos nervos ópticos. Como a doença não possui cura, os tratamentos para esclerose múltipla focam em controlar os sintomas, retardar a progressão e melhorar a qualidade de vida do paciente.
A esclerose múltipla acomete mais frequentemente o público feminino e costuma se manifestar entre os 20 e 40 anos de idade, ainda que possa começar em qualquer pessoa entre 15 e 60 anos de idade. A doença é incomum em crianças. Os sintomas mais recorrentes são:
- Visão turva;
- Visão dupla;
- Fraqueza;
- Formigamento nas pernas ou de um lado do corpo;
- Desequilíbrio;
- Tremor.
Quais são as opções de tratamento para esclerose múltipla?
A doença se manifesta em surtos. Isso significa que o paciente passa por períodos de melhor saúde e por episódios de piora intensa dos sintomas, além de que a condição progride gradualmente. Assim, os tratamentos para esclerose múltipla podem atuar nos momentos de crise e influenciar em um maior intervalo entre os episódios. As principais opções são:
Corticosteroides
Os corticoides são os mais utilizados em tratamentos para esclerose múltipla, nos casos de crise aguda. Esses medicamentos são prescritos por um curto período para amenizar os sintomas que estejam impactando o funcionamento do organismo. Evita-se o uso prolongado devido aos efeitos colaterais, que incluem infecções, cansaço, osteoporose e úlceras.
Imunossupressores
Mais um entre os tratamentos para esclerose múltipla, os medicamentos imunossupressores são responsáveis por diminuir a atividade do sistema imunológico, reduzindo o ataque às bainhas de mielina e os surtos futuros. Existem variadas opções de remédios com essa finalidade, sendo necessário testar até chegar àquele que oferece melhores resultados para cada paciente.
Imunomoduladores
Tratamentos para esclerose múltipla que usam imunomoduladores têm o objetivo de diminuir a inflamação e a agressão à mielina. A redução da frequência e da intensidade das crises leva a uma perda menor da capacidade neurológica conforme o tempo passa, contribuindo para o controle da progressão da doença.
Plasmaférese
Plasmaférese é um tipo de terapia que retira o plasma, componente sanguíneo que viabiliza o transporte dos nutrientes e de outras substâncias fundamentais para o corpo todo. No procedimento, o plasma é separado do restante do sangue para a remoção de impurezas relacionadas a variadas doenças.
A plasmaférese é indicada para diversas doenças autoimunes, caracterizadas pelo ataque do próprio organismo a células saudáveis. Dessa forma, a terapia é mais uma das opções de tratamentos para esclerose múltipla, sendo frequentemente associada a outros cuidados.
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Existe cirurgia para tratar a esclerose múltipla?
Não existe cirurgia para tratar essa doença. Os tratamentos para esclerose múltipla compostos por medicamentos e outras abordagens para controle da doença. O diagnóstico precoce permite iniciar os cuidados rapidamente, o que contribui para a redução de episódios de crise, diminuindo as chances de que o sistema imunológico gere novas lesões.
Qual médico procurar para tratamento da esclerose múltipla?
O neurologista é o médico que diagnostica e trata a esclerose múltipla. O paciente que desconfia que possa ter a doença deve procurar a ajuda desse profissional.
Caso o neurologista indique a utilização da plasmaférese como um dos tratamentos para esclerose múltipla, o hematologista deve ser procurado. Esse profissional está apto a realizar e a supervisionar esse procedimento terapêutico, que deve ser realizado em ambiente adequado por uma equipe especializada.
Fontes:
Associação brasileira de Hemoterapia e Terapia Celular