Transplante de medula óssea é uma opção terapêutica que pode ajudar no controle do mieloma múltiplo
O mieloma múltiplo é um tipo de câncer que afeta os plasmócitos, células sanguíneas responsáveis pela produção dos anticorpos. A alteração é caracterizada pela proliferação descontrolada de células plasmáticas anormais, comprometendo a produção de outras células do sangue e favorecendo a ocorrência de anemia, lesões ósseas, insuficiência renal e infecções.
Com exceção do transplante alogênico, utilizado apenas em casos excepcionais, os tratamentos disponíveis atualmente não possibilitam a cura dessa doença, mas permitem que o paciente tenha qualidade de vida e boas condições de saúde por um longo período. O transplante de medula óssea para mieloma múltiplo é uma das opções terapêuticas que permitem controlar os sintomas da doença. Entenda melhor a seguir!
Para saber mais sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta!
O que é o transplante de medula óssea para mieloma múltiplo?
O transplante de medula óssea para mieloma múltiplo é uma opção de tratamento que pode prolongar o tempo de remissão da doença, ou seja, o tempo durante o qual a doença permanece inativa após um tratamento. Na grande maioria dos casos, o transplante indicado é o transplante autólogo. Nesse procedimento, as células-tronco hematopoiéticas são coletadas do próprio paciente e infundidas novamente após a administração de quimioterapia em alta dose.
Qual o objetivo do transplante de medula óssea para mieloma múltiplo?
O principal objetivo do transplante é permitir a administração de uma alta dose de quimioterapia para eliminar o maior número possível de células cancerígenas. As células-tronco previamente coletas e infundidas após a quimioterapia servem basicamente para permitir uma recuperação mais rápida da medula. Caso a quimioterapia fosse aplicada sem a administração subsequente das células-tronco, o paciente levaria meses até voltar a apresentar a normalização das células de defesa, o que aumentaria em muito o risco de infecções graves.
Tipos de transplante de medula óssea para mieloma múltiplo
Existem duas maneiras de realizar o transplante de medula óssea para mieloma múltiplo: a partir da coleta de células do próprio paciente (transplante autólogo) ou utilizando um doador (transplante alogênico). A primeira opção é a mais utilizada e também a mais segura, enquanto a utilização de um doador é adotada apenas em casos raros, principalmente em pacientes jovens com doença agressiva.
Transplante autólogo
Trata-se do método padrão para tratamento de mieloma múltiplo, estando indicado logo após o tratamento de primeira linha para a grande maioria dos pacientes.
Transplante alogênico
Neste tipo de transplante de medula óssea para mieloma múltiplo, o paciente recebe células-tronco de um doador, que geralmente é um parente próximo. Possui alta mortalidade no contexto do mieloma, sendo realizado em casos excepcionais. Por outro lado, é o único potencialmente curativo.
Quais pacientes são candidatos ao transplante?
A idade é o primeiro fator a ser levado em consideração para avaliar se o paciente é um bom candidato ao transplante de medula óssea para mieloma múltiplo. Em geral, o transplante autólogo é recomendado para pacientes de até 75 anos e sem comorbidades graves.
Embora, em teoria, o transplante alogênico também possa ser realizado até os 75 anos, raramente ele é indicado para paciente com mieloma com mais de 60 anos, por se tratar de um procedimento mais agressivo e associado à risco elevado de complicações graves nessa população.
É importante destacar que esses são critérios gerais, devendo a elegibilidade do paciente para a realização do transplante de medula óssea para mieloma múltiplo ser avaliada individualmente.
Quando fazer o transplante de medula óssea para mieloma múltiplo?
De modo geral, o transplante é indicado após o paciente ter apresentado uma boa resposta ao tratamento de primeira linha, que geralmente consiste na combinação de três a quatro medicamentos.
Riscos do transplante de medula óssea para mieloma múltiplo
O transplante autólogo para mieloma múltiplo é considerado um procedimento seguro, com uma taxa de mortalidade em torno de 3%.
As principais complicações associadas ao transplante são vômitos, diarreia, mucosite (feridas na boca) e infecções. Também podem acontecer disfunções renais, hepáticas, cardíacas e neurológicas.
Por se tratar de um procedimento complexo, é importante que o procedimento seja realizado por uma equipe experiente em um local com estrutura adequada.
Para saber mais sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta!
Recuperação do transplante de medula óssea para mieloma múltiplo
Após a infusão das células-tronco, os pacientes submetidos ao transplante de medula óssea para mieloma múltiplo costumam permanecer internados até que a medula comece a se recuperar e as contagens de células de defesa e plaquetas atinjam níveis mais seguros.
Após a alta, é importante que o paciente mantenha cuidados adequados, principalmente quanto à alimentação, que deve ser composta por alimentos seguros, e à prevenção de infecções, pois a imunidade leva pelo menos um ano voltar a níveis semelhantes à antes do transplante.
Fontes: