Transplante de medula óssea é uma opção de tratamento para pacientes com linfoma recidivado ou refratário
Linfoma é o nome dado ao câncer que afeta o sistema linfático, que é composto pelos linfonodos, baço, timo e a medula óssea. O sistema linfático faz parte do sistema imunológico do organismo, ajudando a combater infecções e o desenvolvimento de doenças.
Os órgãos mais afetados pelo linfoma são os linfonodos e o baço, porém pode haver comprometimento de diversos outros órgãos, tais como fígado, pele, pulmão, ossos e cérebro.
Existem centenas de tipos diferentes de linfoma, com diferentes comportamentos clínicos, que são divididos em dois grupos principais, chamados de linfoma de Hodgkin e linfoma Não-Hodgkin. Por conta disso, também existe uma grande variabilidade no tratamento, que pode incluir diferentes modalidades terapêuticas, sendo uma delas o transplante de medula óssea para linfoma.
Saiba mais sobre o procedimento a seguir!
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O que é o transplante de medula óssea para linfoma?
O transplante de medula óssea para linfoma é uma opção de tratamento utilizada principalmente para pacientes com linfomas (Hodgkin ou não-Hodgkin) que não respondem ao tratamento inicial ou cuja doença retorna após terem apresentado uma boa resposta inicial.
O transplante de medula óssea para linfoma consiste na infusão de células-tronco hematopoiéticas saudáveis após um tratamento com quimioterapia, associada ou não à radioterapia. Essas células são as responsáveis pela produção das células do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas (células da coagulação).
As células-tronco hematopoiéticas localizam-se na da medula óssea, um tecido gelatinoso que fica no interior de diversos ossos. Quando utilizadas em transplante, elas podem vir do próprio paciente (transplante autólogo) ou de um doador (transplante alogênico).
Qual o objetivo do transplante de medula óssea
O principal objetivo do transplante é permitir a administração de uma alta dose de quimioterapia associada ou não à radioterapia para eliminar o maior número possível de células cancerígenas. No caso do transplante alogênico, existe ainda o efeito enxerto contra linfoma, ou seja, as células de defesa do doador podem destruir as células cancerígenas que resistiram à quimioterapia.
Tipos de transplante de medula óssea para linfoma
Existem duas maneiras de realizar o transplante de medula óssea para linfoma:
Transplante autólogo
É a modalidade mais utilizada para o tratamento do linfoma. Nela, as células-tronco hematopoiéticas são retiradas do próprio paciente e infundidas novamente após a administração de quimioterapia em alta dose.
Transplante alogênico
Neste tipo de transplante de medula óssea para linfoma, o paciente recebe células de outra pessoa, que pode ser um parente ou algum doador cadastrado em um banco de doadores.
Quais pacientes são candidatos ao transplante?
A realização do transplante de medula óssea para linfoma pode ser considerada para indivíduos com até 75 anos de idade.
Entretanto, por se tratar de um procedimento complexo que envolve administração de altas doses de quimioterapia, é necessário que o paciente apresente uma condição de saúde suficientemente boa para suportar o tratamento.
Cabe ao médico especialista em transplante avaliar os fatores relacionados ao paciente e à doença para identificar se o transplante de medula óssea é recomendado em cada caso específico.
Quando fazer o transplante de medula óssea para linfoma?
Em geral, o transplante de medula óssea para linfoma é indicado para indivíduos que não responderam ao tratamento inicial ou que apresentaram recidiva da doença após terem apresentado uma resposta inicial.
Em alguns casos, porém, o transplante de medula óssea para linfoma é indicado já em primeira linha, como forma de consolidar a resposta obtida com o tratamento quimioterápico inicial.
Riscos do transplante de medula óssea para linfoma
O transplante de medula óssea para linfoma é um procedimento complexo e que envolve riscos consideráveis, que devem ser conhecidos pelo paciente.
A modalidade de transplante autólogo, a mais utilizada, é considerada um procedimento seguro, mas comporta uma taxa de mortalidade em torno de 5%.
As principais complicações associadas a este tipo de transplante são:
- Vômitos;
- Diarreia;
- Mucosite (feridas na boca);
- Infecções;
- Disfunções renais, hepáticas, cardíacas e neurológicas.
No caso do transplante alogênico, além desses mesmos efeitos colaterais, podem ocorrer ainda rejeição do enxerto (falha de pega) e a doença do enxerto contra hospedeiro, condição na qual as células de defesa do doador atacam o organismo do receptor.
Por conta desses riscos, é fundamental que o transplante seja realizado por uma equipe experiente e em um hospital com estrutura adequada.
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Recuperação do transplante de medula óssea para linfoma
Após a infusão das células-tronco, os pacientes submetidos ao transplante de medula óssea para linfoma permanecem internados até que a medula comece a se recuperar e as contagens de células de defesa e plaquetas atinjam níveis mais seguros.
Após a alta, é importante que o paciente mantenha cuidados adequados, principalmente quanto à alimentação, que deve ser composta por alimentos seguros, e à prevenção de infecções, pois a imunidade leva pelo menos um ano para voltar a níveis semelhantes à antes do transplante.
Nos casos de transplante alogênico, o acompanhamento precisa ser mais frequente e o paciente realiza consultas frequentes de monitoramento com a equipe de transplante durante vários meses após o procedimento.
Fontes: