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Transplante de medula óssea haploidêntico: como funciona?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
4 min. de leitura

Conheça o funcionamento do procedimento recomendado para situações em que não há um doador totalmente compatível de medula

O transplante de medula óssea alogênico é um procedimento médico no qual células-tronco hematopoiéticas saudáveis são coletadas de um doador compatível e infundidas em um receptor, com o objetivo de substituir ou regenerar o sistema hematopoiético do paciente. Essas células-tronco têm a capacidade de se autorrenovar e diferenciar nos diferentes tipos de células sanguíneas: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

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O que é o transplante de medula óssea haploidêntico?

O transplante de medula óssea haploidêntico é um tipo especial de transplante em que as células-tronco hematopoiéticas são coletadas de um doador aparentado que é parcialmente compatível com o receptor.

Nesse caso, o doador é geralmente um parente próximo, como um pai, um filho ou um irmão, que compartilha apenas metade dos marcadores genéticos chamados de antígenos leucocitários humanos (HLA) com o receptor. A falta de uma correspondência completa exige cuidados especiais para que se evite a rejeição das células infundidas.

O transplante haploidêntico é uma boa alternativa para os casos em que não existe um doador aparentado totalmente compatível disponível.

Qual objetivo do transplante de medula óssea haploidêntico?

O objetivo do transplante de medula óssea haploidêntico é substituir ou regenerar o sistema hematopoiético. Esse tipo de transplante é realizado quando não há um doador totalmente compatível disponível, abrindo a possibilidade de tratamento para um número maior de pacientes.

No transplante de medula óssea haploidêntico, as células-tronco são coletadas do doador e infundidas no receptor, que então recebe medicamentos específicos para evitar a rejeição das células e a doença do enxerto contra hospedeiro.

Após serem infundidas no receptor, as células-tronco do doador migram através da corrente sanguínea até a medula óssea, onde então passam a se proliferar e produzir novas células sanguíneas após duas a três semanas.

Quais pacientes são candidatos ao transplante de medula óssea haploidêntico?

O transplante de medula óssea haploidêntico pode ser considerado como uma opção de tratamento para pacientes que não têm um doador totalmente compatível disponível. Alguns fatores relacionados ao paciente e à doença são considerados ao determinar a candidatura para o transplante haploidêntico:

  • Pacientes que não possuem um doador totalmente compatível entre parentes próximos;
  • O transplante haploidêntico pode ser considerado em casos de leucemias agudas, linfomas, anemias aplásticas e outras doenças do sangue, quando outras opções de tratamento não são suficientes ou não estão disponíveis;
  • O estado de saúde geral do paciente é levado em consideração para determinar a capacidade de suportar o procedimento e o impacto da terapia de condicionamento (como quimioterapia e radioterapia) associada ao transplante;
  • Pacientes mais jovens tendem a ter melhor tolerância aos tratamentos agressivos e, portanto, podem ser mais adequados para o transplante haploidêntico.

Quando fazer o transplante de medula óssea haploidêntico?

O momento adequado para realizar um transplante de medula óssea haploidêntico depende de vários fatores, como o estágio e tipo da doença, a resposta aos tratamentos convencionais, a disponibilidade de um doador haploidêntico e o estado de saúde geral do paciente.

Geralmente, esse tipo de transplante é considerado quando não há um doador totalmente compatível disponível. Além disso, é frequentemente utilizado em situações de doença avançada, resistência a tratamentos anteriores ou alto risco de recaída.

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Riscos do transplante de medula óssea haploidêntico

Um dos principais riscos é a possibilidade de desenvolver a doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH), na qual as células imunológicas do doador atacam os tecidos do receptor. A DECH pode variar de leve a grave e afetar vários órgãos.

Além disso, o transplante também pode aumentar o risco de infecções devido à supressão do sistema imunológico do paciente, exigindo uma estratégia cuidadosa de prevenção e tratamento.

Outros riscos incluem complicações relacionadas à toxicidade do tratamento pré-transplante, como problemas cardíacos, renais, hepáticos ou pulmonares, e o impacto dos medicamentos imunossupressores na saúde geral do paciente.

Recuperação do transplante de medula óssea haploidêntico

A recuperação após um transplante de medula óssea haploidêntico é um processo complexo que requer cuidados e monitoramento contínuos. Durante a fase de recuperação, o paciente pode enfrentar diversos desafios, como a prevenção e tratamento de complicações, incluindo a doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH), infecções e efeitos colaterais do tratamento.

A equipe médica especializada acompanha de perto o paciente, realizando exames regulares, monitorando a função do enxerto e adaptando a terapia imunossupressora conforme necessário. Além disso, são fornecidos cuidados de suporte, como transfusões de sangue, suporte nutricional e gerenciamento da dor, a fim de promover a recuperação do sistema hematopoiético e minimizar as complicações decorrentes do transplante haploidêntico.

Fonte:

Portal SBTMO