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Plasmaférese para miastenia gravis: como o tratamento pode ajudar no controle da doença
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

A plasmaférese para miastenia gravis auxilia na remoção de anticorpos prejudiciais, aliviando sintomas graves

A plasmaférese é um tratamento que consiste na remoção do plasma (parte líquida do sangue), eliminando substâncias em excesso ou nocivas que prejudicam o funcionamento do corpo. Esse procedimento é utilizado no tratamento de diversas doenças autoimunes. No caso da plasmaférese para miastenia gravis, o objetivo é remover anticorpos que atacam a conexão entre os nervos e os músculos, ajudando a aliviar os sintomas da doença.

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O que é miastenia gravis?

A miastenia gravis é uma doença autoimune em que o sistema imunológico do paciente produz anticorpos que interferem na comunicação entre os nervos e os músculos, resultando em fraqueza muscular. Os músculos mais afetados geralmente são os dos olhos, da boca, dos braços e das pernas. Como consequência, podem surgir diversos sintomas, como pálpebra caída e visão dupla, além de dificuldades para falar, mastigar ou engolir.

A intensidade dos sintomas pode variar de moderada a grave, afetando tanto músculos específicos quanto grandes regiões do corpo. Embora as causas exatas da miastenia gravis ainda não sejam totalmente compreendidas, em alguns casos ela pode estar associada a presença de um tumor no timo, chamado timoma. A plasmaférese para miastenia gravis auxilia principalmente os casos graves, que pioram rapidamente.

Como a plasmaférese funciona?

A plasmaférese é realizada em uma máquina de aférese, que separa os diferentes componentes do sangue, como hemácias, leucócitos, plaquetas e plasma, permitindo a remoção de um ou mais desses elementos. Assim, retira-se o plasma, que corresponde à parte líquida do sangue, formado por água, sais minerais e proteínas. Geralmente, o acesso venoso é feito por uma veia profunda (jugular, femoral ou subclávia).

No caso da plasmaférese para miastenia gravis, a retirada do plasma remove os anticorpos prejudiciais e pode aliviar os sintomas da doença. Para repor o volume de plasma retirado, o paciente recebe uma mistura de soro fisiológico com albumina, a principal proteína sanguínea. Essa reposição reduz o risco de quedas de pressão, que poderiam representar riscos para o paciente.

Benefícios da plasmaférese para miastenia gravis

Em situações graves, os sintomas da miastenia gravis podem se tornar debilitantes, prejudicando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Dessa forma, a plasmaférese surge como um tratamento eficaz, proporcionando alívio e promovendo melhorias significativas no dia a dia do paciente. Alguns dos principais benefícios da plasmaférese para miastenia gravis incluem:

  • Alívio rápido dos sintomas: como a fraqueza muscular, especialmente em pacientes em crise que apresentam dificuldades para engolir e falar.
  • Melhora da função muscular: ao aumentar a força e a mobilidade, realizar as tarefas cotidianas fica mais fácil e a qualidade de vida melhora.
  • Suporte durante crises: pode ser utilizada em emergências, proporcionando alívio enquanto os medicamentos imunossupressores começam a fazer efeito.
  • Redução da necessidade de medicamentos imunossupressores: permite diminuição da dosagem desses medicamentos, que possuem efeitos colaterais significativos.

Indicações para uso de plasmaférese em miastenia gravis

A plasmaférese para miastenia gravis é indicada em casos graves da doença, especialmente quando há fraqueza muscular significativa, afetando áreas essenciais para funções vitais, como os músculos respiratórios e os responsáveis pela mastigação e pela deglutição. Essa fraqueza pode comprometer a respiração e tornar tarefas simples, como comer e falar, extremamente difíceis.

A plasmaférese para miastenia gravis também é destinada a pacientes que não apresentam resultados adequados com o uso de imunossupressores ou que são impactados excessivamente pelos efeitos colaterais desses medicamentos. O procedimento possibilita alívio temporário enquanto os ajustes no tratamento são realizados.

É importante entender que o procedimento remove os anticorpos indesejáveis que causam a doença, mas não consegue influenciar a produção e curar definitivamente a condição. Dessa forma, a plasmaférese para miastenia gravis é periódica, capaz de conferir alívio dos sintomas e proporcionar uma melhor qualidade de vida por algumas semanas e, em alguns casos, por meses.

Efeitos colaterais e riscos da plasmaférese

Apesar de ser um procedimento seguro e benéfico para diversas condições, a plasmaférese apresenta riscos como qualquer tratamento. Alguns dos principais são:

  • Dor, sangramento ou trombose na região do cateter;
  • Queda de pressão;
  • Tontura;
  • Formigamento;
  • Reações alérgicas;
  • Infecções.

Portanto, a plasmaférese é contraindicada para pacientes com alergia a algum tipo de proteína presente no plasma fresco congelado ou a componentes utilizados durante o procedimento, como soluções de substituição plasmática. Além disso, o tratamento deve ser evitado em indivíduos com pressão arterial instável, especialmente se houver episódios de hipotensão, já que o procedimento pode agravar a queda da pressão arterial.

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Como acompanhar o tratamento com plasmaférese?

A plasmaférese para miastenia gravis deve ser acompanhada adequadamente para garantir a segurança do paciente e avaliar a eficácia do procedimento. Os sinais vitais, como saturação do oxigênio, pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, são monitorados para identificar alterações, como quedas de pressão ou arritmias.

Exames laboratoriais são realizados para monitorar os níveis de hemácias, leucócitos e plaquetas, prevenindo anemia e sangramentos. Os níveis de eletrólitos, como sódio, potássio e cálcio, são verificados para evitar complicações como arritmias e cãibras. As funções renal e hepática também são acompanhadas. O resultado da plasmaférese para miastenia gravis é observado pela melhora da fraqueza muscular e da qualidade de vida do paciente.

Fontes:

Manual MSD

Ministério da Saúde