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Leucemia crônica: o que é, sintomas e tratamentos
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

Quimioterapia, imunoterapia e transplante de células-tronco compõem o tratamento dessa condição

A leucemia crônica é uma forma de câncer da medula óssea de progressão habitualmente lenta. Ainda assim, pode ser agressiva e manifestar sintomas diversos. Por isso, conhecer os sintomas e realizar uma investigação precoce quando necessário são atitudes que possibilitam diagnóstico e tratamento precoces, melhorando a qualidade de vida e a sobrevida dos pacientes.

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O que é leucemia crônica?

Leucemia crônica é um termo que engloba dois tipos de cânceres da medula óssea (leucemia mieloide crônica e leucemia linfocítica crônica).

Ao contrário das leucemias agudas, nas quais se observa uma proliferação de células imaturas, as leucemias crônicas se caracterizam pelo acúmulo anormal de células de defesa maduras na medula óssea e no sangue.

Portanto, a doença começa como resultado da proliferação descontrolada dos glóbulos brancos em um processo lento e frequentemente assintomático em suas fases iniciais. Conforme a leucemia crônica evolui, a quantidade de células mutadas aumenta, migrando para outras partes do corpo, como os linfonodos, o fígado e o baço.

Por mais que evolua lentamente, essa condição pode se apresentar de forma mais agressiva em alguns pacientes, apresentando uma resistência aos tratamentos. Por isso, a qualidade de vida e o prognóstico estão relacionados ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado.

Quais os sintomas de leucemia crônica?

A leucemia crônica tem uma evolução lenta e, na maioria dos casos, não impede a fabricação e a maturação de células saudáveis ao mesmo tempo em que células com problemas se desenvolvem desordenadamente. Por isso, essa condição costuma ser assintomática durante anos, podendo ser descoberta em exames de rotina.

Em pessoas que apresentam sintomas, os sinais da leucemia crônica variam de acordo com o tipo e o estágio da doença.

No caso da leucemia linfocítica crônica, as alterações mais comuns são o aumento de linfonodos e do baço, podendo o paciente também apresentar febre, sudorese e emagrecimento em alguns casos.

Já a leucemia mieloide crônica, pode apresentar sintomas, porém o aumento dos linfonodos é bastante incomum. Caso não seja tratada a tempo, a leucemia mieloide crônica pode se transformar em uma leucemia aguda, com anemia e plaquetopenia graves.

Quais são os fatores de risco para a leucemia crônica?

A causa da leucemia crônica são mutações que ocorrem nas células de defesa, porém não se sabe exatamente o que causa essas mutações.

Sabemos que existe uma maior prevalência da doença entre os homens — em comparação com as mulheres. Além disso, existem outros fatores de risco associados ao seu desenvolvimento, como:

  • Histórico familiar de leucemia;
  • Idade avançada, especialmente acima dos 60 anos;
  • Exposição a altos níveis de radiação;
  • Síndromes genéticas, como a síndrome de Down.

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Como é feito o diagnóstico da leucemia crônica?

O diagnóstico da leucemia crônica inclui o histórico clínico do paciente e o exame físico. Portanto, o relato dos sintomas e a verificação do aumento dos linfonodos, do baço e do fígado são fundamentais na investigação da doença. O exame de sangue deve ser solicitado para analisar a contagem de células sanguíneas, como glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.

A biópsia da medula óssea também pode ser realizada para confirmar a leucemia crônica. O procedimento consiste na retirada de uma pequena quantidade da medula óssea para detectar a presença de células cancerosas e identificar o tipo de leucemia.

No caso da leucemia linfocítica crônica, o diagnóstico definitivo é dado por um exame chamado imunofenotipagem, que identifica os marcadores presentes nas células doentes. Já no caso da leucemia mieloide crônica, a confirmação diagnóstica vem através da identificação de um cromossomo chamado de cromossomo Filadélfia na citogenética ou do gene BCR-ABL através em um exame chamado PCR.

Testes adicionais são feitos para determinar o estágio da doença e a condição clínica do paciente, informações que guiam o planejamento do tratamento.

Existe tratamento para a leucemia crônica?

O tratamento da leucemia crônica varia de acordo com o tipo da doença, suas características, bem como das condições clínicas do paciente.

A leucemia mieloide crônica é tratada com medicamentos orais chamados de inibidores de tirosinoquinase (ex: Imatinib, Nilotinib, Dasatinin, Ponatinib e Asciminib), capazes de controlar a doença na grande maioria dos casos.

Já o tratamento da leucemia linfocítica crônica é mais variado, podendo envolver quimioterápicos e medicamentos imunobiológicos em diferentes combinações.

O transplante de células-tronco também é um tratamento recomendado para a leucemia crônica em algumas situações. Esse procedimento consiste na transferência de células-tronco saudáveis para substituir as células doentes do paciente na medula óssea.

No caso da leucemia mieloide crônica, o transplante de medula óssea é indicado nos casos em que a doença foi descoberta já em uma fase avançada ou quando o paciente não apresenta resposta adequada ao tratamento medicamentoso.

Já no caso da leucemia linfocítica crônica, o transplante de medula é reservado para casos de doença muito agressiva em pacientes jovens ou quando se observa a falha de sucessivos tratamentos convencionais.

O tratamento da leucemia crônica deve ser conduzido por um hematologista e exige acompanhamento regular para monitorar a resposta ao tratamento e manejar corretamente as medicações.

Como prevenir a leucemia crônica?

Não é possível prevenir a leucemia crônica, mas a adoção de um estilo de vida saudável contribui para que o paciente tolere bem os tratamentos e obtenha uma resposta satisfatória.

A procura imediata de atendimento médico no caso de aparecimento de sintomas de leucemia crônica pode permitir a detecção mais precoce da doença, o que contribui para a melhora do prognóstico, principalmente no caso da leucemia mieloide crônica.

Para saber mais, agende a sua consulta com os especialistas da clínica SPES.

Fontes:

Ministério da Saúde

Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia