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Efeitos colaterais da plasmaférese: o que você precisa saber sobre
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

Diminuição da pressão arterial e sangramentos estão entre os efeitos colaterais do tratamento, que podem ser controlados com o monitoramento médico

A plasmaférese é um procedimento utilizado no tratamento de diversas condições médicas, como doenças autoimunes. Embora o alívio dos sintomas represente um benefício importante no tratamento com plasmaférese, efeitos colaterais podem surgir e devem ser controlados para não comprometer a saúde do paciente. A seguir, entenda quais são os riscos e a importância do acompanhamento médico para controlá-los.

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O que é a plasmaférese?

A plasmaférese é um tratamento médico que consiste na retirada de uma parte do plasma, eliminado substâncias que comprometam o funcionamento do organismo. O plasma é a parte líquida do sangue, responsável por transportar os componentes do sangue, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas, para todas as regiões do corpo.

Então, a plasmaférese auxilia nos casos em que existem substâncias no plasma, como anticorpos, proteínas e enzimas, prejudicando a saúde. Durante o procedimento, essas substâncias são retiradas junto com o plasma e o resto do sangue devolvido ao organismo. O tratamento pode trazer alívio nos sintomas de diversas doenças graves, como púrpura trombocitopênica trombótica e miastenia gravis.

Como a plasmaférese é realizada?

A plasmaférese é um procedimento realizado em clínicas ou hospitais por equipes especializadas em hematologia, geralmente por meio de um acesso venoso na veia jugular, localizada no pescoço, embora também possa ser realizado em outras regiões do corpo. Durante o processo, o sangue é direcionado para uma máquina de aférese, que separa o plasma, permitindo sua retirada e eliminando substâncias indesejadas.

Para compensar a retirada do plasma e evitar quedas de pressão, o paciente recebe habitualmente uma solução composta por soro fisiológico e albumina (a principal proteína do sangue).

Especificamente no caso de pacientes com púrpura trombocitopênica trombótica, a reposição é feita com plasma retirado de um doador saudável, pois, nesse caso, além de eliminarmos substâncias nocivas, é preciso repor um componente específico, que está presente no plasma de pessoas saudáveis. Essa reposição ajuda a manter o equilíbrio corporal e deixa a pressão arterial estável.

Efeitos colaterais da plasmaférese

Em relação ao tratamento da plasmaférese, os efeitos colaterais podem ocorrer durante ou após o tratamento. Ainda que o procedimento seja considerado seguro, existem alguns efeitos colaterais. Acompanhe a leitura e confira os principais a seguir.

Reações alérgicas

Durante a plasmaférese, efeitos colaterais, como reações alérgicas, podem ocorrer, embora sejam raros. Essas reações, geralmente relacionadas à solução de reposição, podem causar erupções cutâneas, urticária ou dificuldade respiratória. Portanto, o tratamento é contraindicado para pacientes com alergia conhecida a proteínas do plasma fresco congelado ou aos componentes utilizados no procedimento.

Diminuição da pressão arterial

Mesmo com a reposição de albumina ou plasma, durante a plasmaférese, os efeitos colaterais também podem incluir quedas na pressão arterial. Como consequência, o paciente sente tontura, náusea ou sensação de fraqueza. O ideal é que o procedimento seja evitado em indivíduos com pressão arterial instável, especialmente se houver episódios frequentes de hipotensão.

Desequilíbrio eletrolítico

Durante a plasmaférese, podem ocorrer alterações nos níveis de eletrólitos, como cálcio, sódio e potássio. Como resultado, os efeitos colaterais podem incluir cãibras musculares, formigamento e fraqueza. A reposição adequada de líquidos e o monitoramento contínuo dos níveis de eletrólitos são essenciais para prevenir ou tratar rapidamente esses sintomas.

Sangramentos

Embora raro durante as sessões de plasmaférese, efeitos colaterais associados a sangramentos podem acontecer devido à remoção dos fatores de coagulação presentes no plasma. O risco é maior para pacientes que possuem problemas de coagulação ou se o tratamento for prolongado.

Trombose

Além do risco de sangramento na plasmaférese, efeitos colaterais no tratamento incluem a trombose. A formação de coágulos sanguíneos pode ocorrer, especialmente em pacientes com histórico de distúrbios de coagulação.

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Como controlar os efeitos colaterais da plasmaférese?

Nos tratamentos de plasmaférese, os efeitos colaterais podem ser minimizados com o monitoramento adequado e constante do paciente por profissionais experientes. Isso inclui a vigilância atenta da pressão arterial, prevenindo quedas, e a correção de desequilíbrios nos níveis de cálcio, potássio e sódio. A reposição com albumina ou plasma fresco deve atender às necessidades específicas de cada paciente.

Outras medidas para controlar os efeitos colaterais da plasmaférese incluem:

  • Tomar cuidados no local da punção venosa para não infeccionar;
  • Realizar o descanso adequado para reduzir o cansaço ou desconforto;
  • Controlar a entrada e a saída do sangue;
  • Evitar o procedimento em pacientes com alergia conhecida a algum componente do procedimento;
  • Interromper e administrar medicamentos, caso haja reação alérgica;
  • Fazer exames previamente para conhecer a saúde geral do paciente antes da sessão.

A importância do acompanhamento médico

Quando existe o acompanhamento adequado nas sessões de plasmaférese, os efeitos colaterais são reduzidos, aumentando a segurança do tratamento. Além de acompanhar os sinais vitais, como pressão arterial e frequência cardíaca, o especialista também acompanha o paciente após o procedimento, possibilitando o ajuste e adaptação das sessões à condição de saúde do paciente.

Quando procurar ajuda médica?

O paciente deve procurar ajuda médica imediatamente se apresentar os seguintes sinais ou sintomas durante ou após o tratamento:

  • Dificuldade respiratória;
  • Erupções cutâneas;
  • Tontura;
  • Desmaio ou sensação de desmaio;
  • Fraqueza;
  • Sangramentos no local do cateter ou em outros locais;
  • Hematomas;
  • Dor intensa, vermelhidão ou secreção no local da punção do cateter.

Fontes:

Manual MSD

Ministério da Saúde