É possível se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea e ajudar a salvar vidas. Conheça os passos necessários.
O transplante de medula óssea é um importante tratamento para diversas doenças graves, como leucemias agudas e crônicas, linfomas e mieloma múltiplo. O transplante pode ser realizado por meio de células-tronco hematopoiéticas colhidas do próprio paciente (transplante autólogo) ou de um doador de medula óssea geneticamente compatível (transplante alogênico).
O número de pessoas que passam pelo transplante de medula óssea no Brasil é grande. Estima-se que, de 2015 a 2020, tenham sido realizados mais de 17 mil procedimentos, sendo quase 7 mil destes alogênicos.
Entre em contato e seja um doador de medula óssea.
O doador de medula óssea precisa ter compatibilidade genética com a pessoa que fará o transplante. Embora seja mais fácil encontrar doadores entre familiares — majoritariamente entre irmãos —, isso nem sempre é possível, sendo necessário buscar um doador compatível fora da família.
Como o transplante é essencial para controlar ou até mesmo curar certas doenças graves, é muito importante que qualquer pessoa que preencha os requisitos mínimos se torne um doador de medula óssea e ajude a salvar vidas. Entenda a seguir como o processo funciona.
Como se tornar um doador de medula óssea?
Como dito, se tornar um doador de medula óssea é importante para o combate às doenças hematológicas. Não é preciso conhecer um caso específico para se tornar doador. No Brasil, é possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea para que, caso seja encontrado um paciente compatível com você, a doação se concretize.
Para isso, é importante seguir alguns critérios, tais como:
- Ter entre 18 e 35 anos (o doador permanece no cadastro até 60 anos);
- Possuir documento de identificação com foto;
- Estar em bom estado de saúde;
- Não ter nenhuma das doenças impeditivas para a doação.
Os dois últimos critérios precisam ser minuciosamente avaliados. Isso porque um doador de medula óssea precisa ter o estado geral de saúde suficientemente bom para que a obtenção das células-tronco não represente risco para si e para o paciente transplantado.
Além disso, existem algumas doenças que impedem o cadastro como doador de medula óssea. As principais são:
- HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
- Hepatites virais;
- Todos os tipos de câncer;
- Diversos tipos de doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus, esclerose múltipla, fibromialgia, espondilite anquilosante, síndrome de Guillain-Barré, entre outras;
- Diabetes;
- Epilepsia;
- Distúrbios da tireoide;
- Doenças respiratórias, como a asma;
- Doenças psiquiátricas em geral;
- Doenças infecciosas em geral.
O cadastro do doador de medula óssea deve ser realizado em um hemocentro. No local, é feita a coleta de uma amostra de sangue para que seja feito o exame de tipagem HLA, que será usado para comparar possíveis compatibilidades quando houver necessidade de doação da medula óssea.
Entre em contato e seja um doador de medula óssea.
Quais são os tipos de doação?
A doação da medula óssea ocorre quando é encontrado um paciente compatível necessitando do procedimento. Para isso, existem duas formas possíveis de extrair as células-tronco do doador de medula óssea:
- Doação de sangue periférico: ocorre após a aplicação de medicação no doador para aumentar o número de células-tronco da medula óssea em circulação no sangue. Assim, as células são coletadas a partir da veia e separadas com o auxílio de uma máquina.
- Doação por punção: nesse caso, a medula é extraída diretamente do interior do osso da bacia. Esse tipo de coleta é feito em centro cirúrgico, com o doador de medula óssea sob anestesia geral.
Como é o processo de doação de medula óssea?
O processo de doação de medula óssea começa com os testes de compatibilidade, seja para um doador cadastrado nacionalmente, seja para um familiar do receptor. O teste avalia se as células-tronco a serem doadas são compatíveis com o paciente, para que não haja rejeição do sistema imunológico dele às células transplantadas.
Após encontrar compatibilidade, começam as preparações para a coleta. Primeiramente, o doador deve realizar exames para avaliar seu estado geral de saúde e confirmar a ausência de qualquer doença impeditiva. Então, no caso do transplante por sangue periférico, é necessário que o doador tome medicações injetáveis subcutâneas para estimular a proliferação e circulação das células-tronco na sua corrente sanguínea.
Nos dois tipos de coleta, não é necessário que o doador de medula óssea se prepare por meio de mudanças de hábitos, a não ser que haja recomendação médica específica
A recuperação do doador também é simples: os doadores por sangue periférico podem retomar as atividades no dia seguinte, enquanto os doadores por punção podem retomá-las em menos de uma semana habitualmente.
Os profissionais da SPES são formados em importantes centros de transplante de medula óssea. Para saber mais sobre transplante de medula óssea, entre em contato e agende uma consulta.
Fontes:
Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME – Instituto Nacional do Câncer)
Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH)