Saiba quais são as principais causas e fatores de risco dessa doença que afeta o sistema nervoso central
A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central. Nela, o tecido adiposo que envolve e protege as fibras nervosas do cérebro e da medula espinhal, chamado bainha de mielina, é destruído pelo próprio organismo. Quando a mielina é danificada e a fibra nervosa é exposta, as mensagens que viajam ao longo dessa fibra podem ser bloqueadas, ou seja, os sinais elétricos que viajam do cérebro pelo corpo ficam comprometidos.
A doença se manifesta de maneiras diferentes. Algumas pessoas podem ser apenas levemente afetadas, enquanto outras podem, ao longo do curso da EM, perder a capacidade de ver, escrever, falar ou andar.
Os sintomas da doença podem ser leves ou graves, de curta ou longa duração, e surgem em diferentes combinações, dependendo da área do sistema nervoso afetada. Os mais relatados são: visão turva, dificuldade para andar, dormência nos membros, fraqueza muscular em braços e pernas, tontura e falta de coordenação, entre outros.
A EM não é uma doença mental nem contagiosa. No texto a seguir, saiba quais são as causas da esclerose múltipla, como ela é diagnosticada e outras informações sobre a doença.
Quais as causas e fatores de risco da esclerose múltipla?
As causas da esclerose múltipla ainda são desconhecidas, porém, existem fatores de risco que podem estar envolvidos no desenvolvimento da doença. São eles:
- Idade: a esclerose múltipla pode ocorrer em qualquer idade, mas a doença geralmente se manifesta por volta dos 20 a 40 anos;
- Sexo: parece ser um dos fatores de risco mais importantes, pois as mulheres têm de duas a três vezes mais probabilidade do que os homens de ter a doença;
- Histórico familiar: ter pais ou irmãos com EM aumenta o risco de desenvolver a doença;
- Infecções: uma variedade de vírus tem sido associada às causas da esclerose múltipla, incluindo o Epstein-Barr, o vírus que causa a mononucleose infecciosa;
- Raça: pessoas brancas, particularmente as de ascendência do norte da Europa, estão em maior risco de desenvolver EM;
- Clima: a esclerose múltipla é mais comum em países de clima temperado, incluindo Canadá, norte dos Estados Unidos, Nova Zelândia, sudeste da Austrália e Europa;
- Vitamina D: ter baixos níveis de vitamina D e baixa exposição à luz solar também são apontados como causas da esclerose múltipla;
- Doenças autoimunes: pessoas que convivem com uma doença autoimune têm maior risco de desenvolver esclerose múltipla;
- Tabagismo.
Como é feito o diagnóstico?
Não existe um exame específico para diagnosticar a esclerose múltipla. Durante a consulta, o médico avalia o histórico de saúde do indivíduo e realiza um exame neurológico que inclui a análise de funções mentais, emocionais, de linguagem, de visão, equilíbrio, movimento e coordenação.
Podem ainda ser realizados outros exames, como:
- Ressonância magnética;
- Potencial evocado;
- Análise do líquido cefalorraquidiano;
- Exames de sangue.
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Qual profissional procurar nestes casos?
A esclerose múltipla é uma doença sem cura. A maioria das pessoas que convive com ela tem um curso remitente-recorrente, ou seja, elas experimentam períodos de novos sintomas ou recaídas que se desenvolvem ao longo de dias ou semanas e geralmente melhoram parcial ou completamente. Essas recaídas são seguidas por períodos de remissão (sem sintomas) que podem durar meses ou até anos.
Diante dessas características, a esclerose múltipla é uma doença que exige acompanhamento médico constante, que deve ser feito por um neurologista e uma equipe multidisciplinar.
Além do uso de medicações para controle do sistema imunológico, uma estratégia de tratamento, utilizada principalmente em casos de esclerose múltipla grave, é o transplante de células-tronco autólogas, que pode prolongar bastante o período entre as crises.
Outro procedimento que pode ser empregado para o tratamento das crises é a plasmaferese, procedimento no qual uma parte do plasma do paciente é retirado com o auxílio de uma máquina de aférese.
Fontes: